GEOFLUX
 
Resultados da investigação foram publicados na «Proceedings of the National Academy of Sciences – PNAS»
Picture
A descoberta na Etiópia de um depósito de âmbar com 95 milhões de anos está a ajudar os cientistas a reconstruírem uma primitiva floresta tropical. As dezenas de insectos, fungos e aranhas presos no depósito dão pistas para se perceber aquele ecossistema partilhado com os dinossauros durante o Cretácico.

Os resultados desta investigação, realizada por um grupo de 20 cientistas, estão agora publicados na «Proceedings of the National Academy of Sciences – PNAS».

Este é o primeiro depósito de âmbar do Cretácico descoberto no hemisfério sul, naquele que era o super-continente Gondwana. Na investigação, revelaram-se espécies de insectos e aranhas até agora desconhecidos, bem como novos fungos e até uma bactéria.

A investigação desenvolveu-se em várias áreas. Alguns autores trabalharam no enquadramento geológico e analisaram os fósseis sepultados no âmbar. Os investigadores Paul Nascimbene, do Museu de História Natural (Nova Iorque) e Kenneth Anderson, da Southern Illinois University, estudaram o próprio âmbar.


 
Picture
Foram encontrados pela primeira vez registos de tiranossaurídeos no Hemisfério Sul. No estudo que juntou equipas inglesas e australianas, foi identificado um osso de anca encontrado na chamada Dinosaur Cove (sítio com inúmeros fósseis de dinossauros, em Vitória, sul da Austrália) como sendo de um antepassado do Tyrannosaurus rex.
(Na imagem: Osso e Localização da Dinossaur Cove)

Bem mais pequeno do que o seu parente do norte, mas com a mesmo fisionomia, este animal, a que os cientistas chamaram NMV P186046, pesava 80 quilogramas e media três metros de comprimento. O estudo está agora publicado na «Science».